sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Convite para o evento "O Estrangeiro no Direito Internacional Contemporâneo"

Bom dia a todos,


Gostaríamos de convidar a todos para participarem do evento "O Estrageiro no Direito Internacional Contemporâneo", organizado pelo NEPEDI, com abertura do Prof. Diego Arroyo, da Sciences Po de Paris.

O evento ocorrerá nos dias 17 e 18 de setembro, com abertura às 10hs, no  Salão Nobre da UERJ, e terá a participação de profissionais e acadêmico de variadas instituições de ensino do Estado do Rio de Janeiro.

Contamos com a participação de todos!



quarta-feira, 30 de abril de 2014

Lançamento dos livros "Direito Internacional dos Investimentos" e "Direito do Petróleo"

No dia 5 de maio de 2014, às 17hs, na FIRJAN, ocorrerá o lançamento do livro "Direito Internacional dos Investimentos". Coordenado pela Prof. Dra. Marilda Rosado, trata-se de obra coletiva composta por pesquisadores da linha de Direito Internacional do Programa de Pós-Graduação em Direito da UERJ, em conjunto com acadêmicos de outras universidades do Brasil e do exterior. 

Simultaneamente, ocorrerá o lançamento da 3ª ed. da obra "Direito do Petróleo", de autoria da Prof. Dra. Marilda Rosado.

Estão todos convidados ao lançamento!




domingo, 6 de abril de 2014

Palestra "Direitos Humanos: A Experiência nas Cortes Européias"



Nesta quarta, teremos um novo evento a ser realizado em nossa Faculdade.

Os Professores Carmen Tiburcio, Carlos Japiassú e Ana Paula de Barcellos, em um evento conjunto das concentrações em Direito Internacional, Penal e Público da nossa pós-graduação, convidam a todos para palestra seguida de debates com Samantha Knights no próximo dia 9 de abril (quarta-feira) na sala Celso Mello (7023-A) de 10:30h às 12h. O tema é Direitos humanos: a experiência nas cortes européias.

Samantha Knights é uma advogada com atuação específica em direitos humanos na realidade européia. Abaixo segue alguns casos recentes. 

NS v SSHD (C-411/10) Case concerning Dublin II transfers to Greece and first case before CJEU to consider the meaning of the right to asylum recognised in Art 18 of the EU Charter.

Zatuliveter v SSHD SC/103/2010 Deportation of a Russian national on grounds of national security and first case before SIAC to concern espionage.

FM v SSHD [2011] EWCA Civ 807 Unlawful detention of family and concerning provision of malarial prophylaxis.

R (Malungu) v SSHD [2010] EWHC 684 (Admin) Case concerning a claim for unlawful detention and independent evidence of torture (on appeal to CA).

QD (Iraq) & anor. v SSHD [2009] EWCA Civ 620 Test case on the interpretation of Art 15c of the Qualification Directive and protection for individuals seeking protection from situations of armed conflict.

Al-Sirri v SSHD [2009] EWCA Civ 222 Case involving exclusion from protection under art 1F(c) of the Refugee Convention (on appeal to UKSC).

AM & Ors v SSHD [2009] EWCA Civ 201 Case involving breach of procedural obligation under Art 3 ECHR to carry out independent investigation into disturbance at Harmondsworth (on appeal to ECtHR).

AS (Pakistan) v Secretary of State for the Home Department [2008] EWCA Civ 1118 Deportation of foreign national and proportionality test under Article 8 ECHR.

Henwood v Barlow Clowes International Ltd & Or [2008] EWCA Civ 577 Jurisdiction: domicile of choice.

YL v Birmingham City Council & Ors [2007] UKHL 27 Definition of 'public authority' under the HRA 1998.

Ministry of Defence and Support of the Armed Forces of Iran v FAZ Aviation Ltd & Or [2007] EWHC 1042 (Commercial) Jurisdiction: domicile of company.

Director of the Serious Fraud Office v A [2007] EWCA Crim 1927 Proceeds of crime and request for assistance from Iranian Court.

Kendall v Southwark Borough Council [2007] EWHC 2089 (QB) Educational negligence claim.

R (Hackney London Borough Council) v Rottenberg [2007] EWHC 166 (Admin) Prosecution of rabbi in charge of synagogue and Jewish school for Noise nuisance, raising issue of Article 9 ECHR.


O evento será conduzido apenas em inglês, estão todos convidados!



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Lançamento do livro "Sequestro Internacional de Crianças: Comentários à Convenção de Haia de 1980"

Será lançado no dia 10 de abril de 2014, no Centro Cultural da Justiça Federal (Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro - RJ) a obra coletiva Sequestro Internacional de Crianças: Comentários à Convenção de Haia de 1980. 

Obra de iniciativa dos professores Carmen Tibúrcio e Guilherme Calmon, da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o livro conta com a participação de alunos da linha de pesquisa de Direito Internacional, do Programa de Pós Graduação em Direito da UERJ, e representa um relevante marco na produção acadêmica em Direito Internacional.

Estão todos convidados ao lançamento!


sábado, 29 de março de 2014

Calendário de Atividades do NEPEDI - 2014.1

Reiniciando as atividades do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Direito Internacional neste semestre, divulgamos as datas e textos que serão discutidos em 2014.1

Neste semestre, discutiremos a relação entre o ordenamento interno e o Direito Internacional, e assim como a relação entre Direito Internacional Privado e Direito Internacional Público a partir da ideia de Direito Transnacional, conceito inicialmente discutido pelo jusinternacionalista Philip Jessup, à partir da percepção do surgimento de problemas que não são mais respondidos em categorias tradicionais como a divisão do Direito Internacional em Público e Privado, e também a separação do Direito interno e o Direito Internacional.

Os textos indicados abaixo servirão como ponto de partida das discussões, e auxiliarão os participantes que quiserem engajar na pesquisa do Direito Internacional. As reuniões acontecerão às sextas, 15hs, na Sala do NEPEDI (bloco A - sala 7034, mesmo corredor da sala Prof. Celso de Mello). À aqueles que participarem desde o início serão atribuídos carga horária de extensão de até 30hs.

Todos os alunos da Faculdade de Direito da UERJ estão convidados a participarem!

04/04 – introdução à transnormatividade
- Why Transnational Law Matters – KOH, Harold
- A Relação entre o Interno e o Internacional (Capitulo 2) – COUTO, Estevão Ferreira

12/04 - O Direito entre a Modernidade e a Globalização - ARNAUD, André-Jean
- Lição 1         
- Lição 2

25/04 - O Direito entre a Modernidade e a Globalização - ARNAUD, André-Jean
- Lição 3
- Lição 4

09/05 - O Direito entre a Modernidade e a Globalização - ARNAUD, André-Jean
- Lição 5
- Lição 6

16/05 - Direito Transnacional – JESSUP, Phillip
- Cap. 1
- Cap. 2

23/05 – Direito Transnacional – JESSUP, Phillip
- Cap. 3

30/05 – Direito Internacional Público e Direito Internacional Privado
- Public Law in the International Arena - LOWENFELD, Andreas
- Puntos de contacto entre el derecho internacional privado e el derecho internacional publico – MARTIN, Gonzalez Ortiz
- Treaty Enforcement by Brazilian Courts – MARQUES, Claudia Lima

06/06 – El Derecho Comparado Para El Derecho Internacional Privado de Nuestros Dias – ARROYO, Diego
- Cap. I e II

13/06 – El Derecho Comparado Para El Derecho Internacional Privado de Nuestros Dias – ARROYO, Diego
- Cap. III e IV
- Cap. V

18/07 – Mobile People, Mobile Law - BENDA-BECKMANN, Franz von

25/07 – Private International Law as Global Governance - WATT, Horatia

01/08 – Transnormatividade e Direitos Humanos na America Latina
- The Impact of Human Rights Trials in Latin America – SIKKINK, Kathryn
- Sistema Interamericano de Direitos Humanos como Esfera Pública Transnacional – BERNADES, Marcia Nina


domingo, 27 de maio de 2012

O NEPEDI tem o orgulho de convidar a todos para a primeira palestra do nosso Ciclo, que marca uma nova fase do grupo e as nossas novas diretrizes de pesquisa. O cartaz acima tem todas as informações da palestra, que acontece AMANHÃ (segunda-feira dia 28/05/2012), à noite e dará HORAS COMPLEMENTARES para os alunos da UERJ.
Esperamos todos lá!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Luiz Olavo Batista: OMC, Direito Comercial Internacional, Advocacia Internacional

"Quem não gosta de gente não pode ser advogado"
Por Maurício Cardoso e Gláucia Milício

Não foi só o Brasil que perdeu com a derrota da ministra Ellen Gracie na disputa por uma vaga no Órgão de Apelação da Organização Mundial do Comércio. Perdeu toda a América do Sul, região que ficou sem representação na corte de comércio internacional e que dificilmente terá oportunidade de recuperar. A opinião é do advogado Luiz Olavo Baptista, que até o final do ano passado, era o ocupante da vaga.
L. O. Baptista, como é mais conhecido, sustenta ainda que, ao contrário do que muitos pensam, Ellen Gracie era uma candidato com todas as credenciais e habilidades para ocupar o posto. “A OMC precisa de pessoas com a experiência de julgador, que desenvolvem bom raciocínio, mesmo que não tenham experiência em Direito do Comércio Internacional”, explica o ex-titular. “A ministra tem esse perfil e tenho certeza que daria uma grande contribuição ao Órgão de Apelação”, diz L. O. Embora reconheça que o Brasil não tem tido competência para exercer a liderança regional que merece, L. O. diz que nesse caso a derrota não foi resultdo da falta de habilidade política do Brasil. Ele entende que o que aconteceu foi uma bem articulada manobra dos países da América do Norte para conquistar a vaga, mesmo quebrando o protocolo e subertendo as regras do jogo.
Membro do tribunal da OMC por oito anos, árbitro internacional de renome, Luiz Olavo Baptista é uma das maiores autoridades do país em Direito de Comércio Internacional. A especialização e a excelência na matéria não aconteceram por acaso. Começaram a se formar logo depois que ele se formou em Direito pela PUC de São Paulo, há mais de 40 anos. Na luta para entrar no mercado, foi parar num pequeno escritório que tinha como clientes exportadores de algodão e de café. Como sabia línguas – fala inglês, francês, espanhol e italiano, foi designado para cuidar da matéria. Estudioso, passou a ler mais e mais. Em seguida montou sua biblioteca especializada. “Em minhas leituras, percebi que o Brasil estava passando por uma mudança. Já em 1967, a política do governo militar tinha uma forte tendência internacionalizante”, diz. Nasceu daí a determinação em se tornar um advogado internacionalizado e não um advogado-turista. “O turista é o que simplesmente viaja para o exterior. O advogado internacionalizado é o que domina efetivamente o Direito Internacional”. Seu objetivo, desde o começo, foi o de montar um pequeno escritório que não fosse o maior, mas que oferecesse qualidade e lhe reservasse tempo para ter boa literatura, ouvir boa música e conviver com a família.
Depois de voltar ao Brasil, viúvo, septuagenário e aposentado da cátedra de Direito do Comércio Internacional e Direito Internacional Privado na Faculdade de Direito da USP, L. O. continua acrescentando atividades à sua agenda sempre lotada. Uma das últimas iniciativas foi a criação de uma Universidade dentro do escritório, o L. O. Baptista Advogados. Lá ele dá cursos práticos para alunos e advogados recém-formados.O objetivo é ensinar os iniciantes a diagnosticar os sofismas da profissão. “Sem bater, sem matar, eu criei um verdadeiro treinamento da Tropa de Elite”, brinca. A vantagem, segundo ele, de se criar uma universidade interna, é a de que ele pode dar aulas sem burocracia. “Na universidade, o grande fantasma que enfrentei foi a selva burocrática. Hoje em dia, o professor é um fazedor de relatórios e freqüentador de conselhos”, ressaltou. Como ele ensina aos seus alunos, um advogado tem de ir muito além disso: "Para ser um bom advogado é preciso gostar da humanidade, porque ele vai passar a vida tratando de resolver os problemas dos outros".
Confira a entrevista (trecho):
ConJur — Como foi a sua experiência na OMC?
L.O. Baptista — Reencontrei no órgão o comportamento que via nos juízes quando eu ainda era jovem. Tive muito contato com juízes, primeiro quando era criança. Em Itu [SP], onde eu morava, meu pai era médico e atendia quase todos os juízes que chegavam à cidade. Numa ocasião, um morador resolveu ser gentil com um juiz que estava para julgar a sua causa e levou de presente, uma cesta de jabuticabas. O juiz o prendeu no ato por tentativa de suborno. Era um tempo em que havia juízes rígidos. Depois, quando ainda era estudante fiz concurso e fui trabalhar no Tribunal de Alçada. Lá era assim também. Eram homens que tinham uma vida de classe média modesta. O juiz ganhava menos do que ganha hoje. Eles estudavam bem os casos, não havia grandes citações de doutrina. Era mais o pensamento do juiz na sentença, e a qualidade era muito boa. Depois passei a advogar na parte consultiva e perdi contato com a magistratura. Agora, vez ou outra, me deparo com uma coisa que não via antes. É aquele juiz que gosta de aparecer em jornal ou que faz declaração sobre casos que vai julgar. Isso me escandaliza profundamente, mas pode ser uma reação de gente que esteja mais idosa. Talvez o mundo tenha mudado.
ConJur — Quais as qualidades para ser um bom advogado?
L.O. Baptista — A primeira delas é integridade. A segunda é ser suficientemente forte para conviver com todo tipo de situação, buscar solução para o problema e ter empatia com a pessoa que tem o problema. O grande desafio é não ficar envolvido. É possível ter empatia com um sujeito que cometeu um crime, mas não se pode ter empatia com o crime. É preciso saber dar o direito de defesa ao réu, mas sem muito envolvimento. Outro requisito é ter inteligência investigativa. É preciso dominar muito bem a lógica. E, finalmente, é preciso gostar de gente. Se o sujeito não gostar das pessoas não dá para ser advogado. Tem que amar a humanidade, porque no fim o que se faz como advogado é ajudar os outros a resolver problema. Vale lembrar que o ser humano não ajuda quem ele não gosta. Tenho uma regra. Se, numa entrevista inicial, eu percebo que por alguma razão não vou conseguir gostar da pessoa dou um jeito de não pegar o caso. Sei que não vou poder ser o advogado que devia ser. De sujeitos que têm uma mesquinhez muito forte, tão aparente que mexe comigo, eu não pego o caso.
ConJur - Qual o peso do Brasil hoje no mercado internacional?
L.O. Baptista — Como exportador, ele representa mais de 1% do mercado. O Brasil só não é um exportador maior, porque a nossa logística de exportação é muito ruim. O país precisava ter se desenvolvido mais para ser mais forte como exportador. O que nos ajudaria a ampliar o mercado. Com esse resultado, o peso da exportação no PIB poderia ser multiplicado por três ou quatro vezes sem que fosse ameaçada a estabilidade do país. Veja, por exemplo, a relevância do Canadá no comércio exterior. É um país que tem população igual à do estado de São Paulo, com um território útil que é equivalente ao de Minas Gerais e enfrenta uma porção de dificuldades a mais que o Brasil. A diferença é que o Canadá cresce e está rico.
ConJur — Como a globalização afeta o direito?
L.O. Baptista — O ritmo da internacionalização é determinado pelo fato de que mais de 70% do comércio internacional é inter firmas e não entre firmas. Por exemplo, a Ford manda vir um motor feito na Alemanha para botar no carro do México, em outro da Austrália e em outro do Brasil. Então, ficou mais barato e melhor fazer certas coisas em determinado lugar. Eles analisam de um ponto de vista logístico e econômico. Com isso, se decide onde é mais conveniente fazer tal pedaço ou qual. Mudou o sistema de produção, não tem mais a linha de montagem. É ilha de produção. Na ilha de produção você monta conjuntos e distribui para as fábricas que tem no mundo.
ConJur — Mas existe a possibilidade de se ter um Direito Universal?
L.O. Baptista — É difícil. Temos muitas culturas no mundo e o Direito precisa adaptar-se à diversidade das pessoas. Talvez só os 10 mandamentos sejam uma regra valida para o mundo inteiro. Temos a Declaração Universal dos Direitos dos Homens que é mais completo ainda. Mas como concretizar isso na prática. Veja o seguinte: a Declaração Universal da ONU, a Declaração Interamericana e a Constituição garantem a liberdade de expressão e a liberdade de pensamento. No entanto, tem juízes e desembargadores dando liminares dizendo que você não pode fazer isso ou aquilo. Um homem escreve um livro contando a vida do Roberto Carlos e o cantor consegue impedir a publicação do livro.
ConJur — Quer dizer que o Direito Universal está condicionado
L.O. Baptista — Sim, ao respeito da diversidade humana e esse respeito exige que o direito seja adaptado. A segunda coisa é que para que uma regra adquira a universalidade, ela precisa ser tão diluída que pode dar lugar a muitas interpretações. Quanto mais interpretações, menos segurança se tem.
ConJur — E os serviços jurídicos tendem a se globalizar?
L.O. Baptista — Um escritório para ser global tem que ser internamente global. Não pode um escritório em Chicago pedir que uma pessoa no Panamá se comporte como estivesse em Chicago. O Panamá não é Chicago. As firmas inglesas são as que estão mais perto de entender essa realidade. Elas têm um sistema que estabelece um escritório local. Elas, no entanto, ainda estão cometendo um erro de mandar um sócio vir de lá para dirigir o escritório aqui no Brasil. Se o sujeito não tiver uma capacidade muito boa de adaptação, não consegue dirigir nada. Só atrapalha. Se ele atrapalha a conduta do advogado, ele atrapalha todo o resto. Então, o escritório é capaz de adaptar as coisas, mas o problema é fazer que, em cada escritório, o sujeito esteja mais voltado para compreender o que sai e o que vem, e não só receber o que vem.

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Núcleo de Estudos e Pesquisas em Direito Internacional da Faculdade de Direito da UERJ